"Estamos em negociação com as secretarias para evitar que a paralisação aconteça. Não queremos que isso ocorra, mas a possibilidade existe", afirma o presidente da Cooperativa dos Médicos Traumatologistas e Ortopedistas do Ceará, Eusébio Teixeira. Segundo ele, enquanto uma cirurgia no fêmur, por exemplo, custa entre R$ 150 a R$ 200 pela tabela do SUS, na rede particular a remuneração dos médicos chega a ser quatro vezes maior.
Caso os traumatologistas e ortopedistas conveniados ao SUS resolvam mesmo parar, o único hospital terciário especializado em trauma da rede pública cearense, o instituto Dr. José Frota (IJF), vai ficar ainda mais sobrecarregado.
Há quase um mês, o presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, regional Ceará (SBOT-CE), Manuel Bomfim, que trabalha há mais de 25 anos no IJF, vem denunciando estado de superlotação na unidade. De acordo com ele, somente ontem, oito pacientes estavam sendo atendidos em macas colocadas no corredor hospital. Nesta segunda-feira, 03, haverá uma audiência na Assembléia Legislativa para tratar do assunto.
Para discutir a superlotação do IJF, a SBOT-CE já se reuniu com a promotora de Justiça Isabel Porto, com o superintendente do IJF Wandemberg Rodrigues e com representantes das Secretarias de Saúde do Estado e do Município.
(Agência Estado)
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